O poder da caligrafia é conhecido há séculos. Na Idade Média, acreditava-se que os escribas tinham poderes mágicos. Desde o início do século 20, com o estudo da grafia aliada às teorias da psicanálise preconizadas por Sigmund Freud e aperfeiçoadas com a contribuição de Carl Gustav Jung, os grafólogos vêm afirmando que é possível distinguir o caráter de uma pessoa a partir de sua singularidade caligrafica.
Mais recentemente, um novo estudo descobriu que pode haver alguma verdade no poder da caligrafia. O estudo, publicado na revista Frontiers in Psychology, descobriu que as pessoas que escreviam à mão eram mais propensas a lembrar o que haviam escrito do que aquelas que digitavam suas notas no teclado.
Os autores do estudo, a psicóloga Pam Mueller, da Universidade de Princeton, e o pesquisador de ciências cognitivas Daniel Oppenheimer, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, conduziram uma série de experimentos para testar a teoria de que escrever à mão é melhor para recordar a memória do que digitar.
Em um experimento, Mueller e Oppenheimer fizeram com que os alunos tomassem notas em uma sala de aula e depois as testaram em sua memória da palestra. Os alunos que fizeram anotações à mão tinham uma memória melhor do conteúdo da aula do que aqueles que usaram um laptop.
Em outro experimento, os pesquisadores fizeram com que os alunos tomassem notas em uma palestra e depois as testassem em sua memória da palestra. Desta vez, os alunos foram instruídos a digitar suas anotações. Os alunos que fizeram anotações em seus laptops se lembraram melhor do material da aula do que aqueles que fizeram anotações à mão.
Os pesquisadores dizem que existem várias razões pelas quais escrever à mão pode ser melhor para a recuperação da memória. Uma razão é que quando você escreve à mão, você é forçado a desacelerar e processar as informações. Esse processamento de informações pode levar a um nível mais profundo de compreensão e melhor recuperação da memória.
Outra razão é que quando você escreve à mão, você está usando mais do seu cérebro do que quando você digita. Digitar requer apenas o uso de alguns músculos em seus dedos, enquanto escrever à mão envolve todo o seu braço e corpo. Esse aumento do nível de engajamento pode levar a uma melhor compreensão e memória do material.
Os pesquisadores dizem que suas descobertas são importantes para os alunos que estão tentando aprender. “Se você quer se lembrar de algo, deve escrevê-lo à mão”, diz Mueller. “É melhor para a memória de longo prazo.”
Outra importância destacadas é que a escrita à mão é importante para pessoas que estão tentando aprender uma nova habilidade. Por exemplo, se você está tentando aprender a tocar piano, você deve escrever a partitura à mão. Isso ajudará você a se lembrar melhor da música e como tocá-la.
Essas descobertas têm implicações para a maneira como aprendemos. “As descobertas sugerem que, quando as pessoas estão fazendo anotações, não devem se preocupar em digitar o mais rápido possível”, diz Oppenheimer. “Eles devem se preocupar em processar a informação e entendê-la.”
Por fim, os autores do estudo dizem que suas descobertas têm implicações para a maneira como aprendemos. “As descobertas sugerem que, quando as pessoas estão fazendo anotações, não devem se preocupar em digitar o mais rápido possível”, diz Oppenheimer. “Eles devem se preocupar em processar a informação e entendê-la.”
Link útil:
https://doi.org/10.1177/0956797614524581
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