A lenda do Aluaré
Dizem que o sertão guarda mais do que os olhos veem. Não é só chão rachado, nem apenas mandacaru em silêncio. O sertão é um livro fechado, escrito em vento e pedra, onde cada página esconde segredos de um povo que nunca se rendeu. E no coração desse livro vive o Aluaré , criatura sagrada, metade céu e metade terra . A Criatura O Aluaré tem cabeça e asas de carcará, olhos como sóis em miniatura, capazes de ver o invisível: rastros antigos, segredos enterrados, ameaças escondidas na escuridão. O corpo é o de uma raposa, astuta e ágil, portadora da inteligência ancestral do mato. Suas garras brilham como ferro forjado, afiadas como o destino, e sua plumagem mescla negro, branco e dourado, como se carregasse consigo o sol, a noite e a aurora. Aluaré é o guardião do sertão na sua essência, protetor das riquezas ocultas — pedras de quartzo enterradas nas serras, cânticos passados de boca em boca, danças, rezas, festas e segredos do povo. Aluaré: O Guardião da Memória do Sertão O tempo amanhe...