AJ Falcão Blog | Por: André Jales Falcão Silva

 Nos últimos anos, o empreendedorismo consolidou-se como um dos motores do desenvolvimento econômico brasileiro. A figura do empreendedor passou a simbolizar inovação, autonomia e resiliência diante dos desafios do mercado. Contudo, por trás do entusiasmo que envolve a criação de novos negócios, há um pilar indispensável para que qualquer empreendimento possa nascer, crescer e se sustentar: o Direito Empresarial . Para o professor de disciplinas jurídicas nos cursos técnicos em Administração, compreender e ensinar essa intersecção é essencial. O aluno que entende o Direito Empresarial não apenas decora normas — ele compreende a estrutura jurídica que torna o ato de empreender possível, legítimo e sustentável. 1. O Direito Empresarial como linguagem da economia moderna O Direito Empresarial é o ramo jurídico que regula as atividades econômicas organizadas para a produção e circulação de bens e serviços. Em termos práticos, é ele quem define como o empreendedor pode existir jurid...

Desde os primeiros mitos que os povos contaram ao redor do fogo até as narrativas religiosas e culturais que moldam nosso imaginário hoje, as divindades têm funcionado como nomes, rostos e histórias para energias internas da psique humana. Para alunos do ensino médio que estudam História, essa perspectiva aumenta a compreensão: mitologia não é apenas “contos antigos”, é também uma linguagem simbólica através da qual as sociedades representaram suas angústias, valores e soluções imaginárias para problemas existenciais. A seguir, reúno e aprofundo as ideias discutidas: definição e função dos mitos, exemplos comparativos entre panteões, a visão junguiana do inconsciente coletivo e dos arquétipos — e, por fim, aplicações didáticas para sala de aula. 1. Mitologia: o que é e por que importa para a História Mitologia são narrativas simbólicas que explicam fenômenos naturais, instituições sociais, experiências humanas e valores. Antes das explicações científicas, os mitos davam sentido ao...

  Quem foi Friedrich Hegel? Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770–1831) foi um dos mais importantes filósofos da Filosofia Moderna e o principal representante do Idealismo Alemão . Nascido na Alemanha , Hegel revolucionou o pensamento filosófico ao propor uma visão dinâmica da realidade, da história e do conhecimento. Suas ideias influenciaram profundamente a filosofia, a política, a sociologia, a educação, o direito e até a psicologia. As principais ideias de Hegel 🔄 A dialética: tese, antítese e síntese A ideia mais conhecida da filosofia de Hegel é a dialética , um processo que explica como a realidade, o pensamento e a história se desenvolvem. O processo dialético funciona assim: Tese: uma afirmação, uma ideia inicial. Antítese: a negação, o oposto da tese, que gera um conflito ou contradição. Síntese: uma superação desse conflito, que une elementos da tese e da antítese em um novo patamar, mais desenvolvido. Essa síntese, depois, se torna uma nova tese, ...

 Vivemos em um tempo em que a cidadania se expressa não apenas nas ruas, mas também nas redes. Comentários, postagens, contratos eletrônicos, assinaturas digitais, crimes cibernéticos — o cotidiano jurídico ganhou um novo território: o digital. Nesse contexto, a educação jurídica precisa ir além do ensino tradicional das leis; deve preparar o estudante para compreender como o Direito se manifesta e se transforma na sociedade conectada. No curso técnico em Serviços Jurídicos , essa reflexão é fundamental. O profissional técnico, ao lidar com documentos eletrônicos, sistemas processuais digitais e direitos fundamentais aplicados à internet, torna-se um agente ativo de cidadania digital . Isso significa compreender que liberdade de expressão não se confunde com discurso de ódio, que privacidade é um direito, e que o uso ético da informação é base da convivência democrática. A cidadania digital implica responsabilidade no uso das tecnologias. O acesso à informação e à comunicação é...

  Quem foi Johann Gottlieb Fichte? Johann Gottlieb Fichte (1762–1814) foi um importante filósofo alemão , considerado um dos grandes representantes do Idealismo Alemão , ao lado de Immanuel Kant, Friedrich Schelling e Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Discípulo das ideias de Kant, Fichte aprofundou as discussões sobre o papel da consciência, da liberdade e do eu na construção da realidade, sendo também um dos primeiros filósofos a relacionar diretamente a filosofia com temas como autonomia, responsabilidade, coletividade e nacionalismo. As principais ideias de Johann Gottlieb Fichte 🧠 O “Eu” como fundamento da realidade Fichte desenvolveu uma filosofia centrada no conceito de “Eu” (o sujeito, a consciência) . Para ele, tudo começa a partir da autoconsciência. O ser humano, ao tomar consciência de si mesmo, também toma consciência do mundo e das coisas que existem fora dele. Assim, o “Eu” é ativo e criador , sendo responsável por construir e dar sentido à realidade. Diferente...

 O século XX foi um período de profundas transformações políticas e sociais, marcado pelo colapso dos impérios coloniais europeus e pela ascensão de novos Estados independentes na Ásia e na África . Esse processo, conhecido como descolonização , foi impulsionado por uma combinação de fatores, como a exaustão dos países europeus após as Guerras Mundiais, o crescimento de movimentos nacionalistas e as pressões internacionais por autodeterminação. A descolonização não foi um processo uniforme; em algumas regiões ocorreu de forma pacífica, enquanto em outras foi marcada por longas lutas armadas. Neste artigo, exploraremos as causas, o desenrolar e as consequências desse movimento histórico que transformou o mapa político mundial. Contexto Histórico da Descolonização O Imperialismo e as Colônias Desde o século XIX, a Ásia e a África estavam submetidas ao domínio de potências europeias. Impérios como o britânico, francês, português, holandês e belga exploravam recursos naturais e mão de...

Desde seu lançamento em 2002, como tema do filme homônimo de James Bond,  Die Another Day  consolidou-se como um ícone da cultura pop não apenas pelo seu ritmo eletrônico e visual inovador, mas também pelo caráter filosófico e psicológico de sua letra. Madonna, ao longo da canção, propõe uma reflexão sobre o ego, o desejo e a transformação interior, fazendo da música uma obra que transcende o mero entretenimento. Em um panorama em que a cultura pop raramente se debruça sobre processos de autoconhecimento,  Die Another Day  oferece uma narrativa de libertação psíquica e espiritual, ecoando conceitos da psicanálise e da tradição mística cabalística.   O despertar e a ambivalência do eu: Freud e Lacan A abertura da música — “I’m gonna wake up, yes and no” — apresenta a tensão inicial do sujeito entre permanecer na inconsciência e se abrir à introspecção. Freud nos ensinaria que essa ambivalência é própria da relação entre id e ego: parte de nossa psique deseja ...